sexta-feira, 23 de março de 2007

De olhos postos na floresta

De olhos postos na floresta
A ameaça dos incêndios florestais exige a mobilização de todos os agentes da Protecção Civil. Este ano, surge um novo elemento na cadeia, o cidadão. É sobre ele que recai a responsabilidade de, antes de todos os outros, fazer a sua parte no que diz respeito à protecção da floresta. Mas uma dúvida permanece: afinal como é que se protege a floresta?
A protecção da floresta cabe a todos e quase todos sabem disso, pelo menos na teoria. Até agora houve um certo fosso entre a teoria e a prática mas já se está a trabalhar para suprimir essa lacuna. A sensibilização das populações quanto ao seu papel (e obrigações) na protecção da floresta passou a ser uma prioridade. É nesta direcção que o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente na Guarda (SEPNA) e o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), unidades da Guarda Nacional Republicana (GNR), têm orientado a sua acção neste período que antecede a chamada “época de incêndios”. “Nesta fase, estamos a fazer um trabalho que até agora nunca se fez. A GNR está a alertar e a aconselhar as pessoas a fazer a limpeza estipulada pela lei. A partir do dia 15 de Abril, as pessoas deixam de ter desculpa e vamos começar a autuar os prevaricadores”, explicou o comandante da GNR, Tenente- Coronel Fernandes. A GNR sempre teve a seu cargo a vigilância do ambiente e da natureza, mas como “a sociedade exige cada vez mais uma especialização”, foram criadas no seio das Unidades Territoriais, equipas especializadas dotadas de meios humanos e materiais adequados à vigilância, detecção e tratamento policial das infracções contra o ambiente. Em 2001, foi criado o SEPNA, com a missão de protecção, vigilância e detecção de incêndios florestais, e, em 2006, surge o GIPS, mais direccionado para o combate de 1ª intervenção na fase dos incêndios. Apesar de terem missões diferentes, o ambiente e a floresta são o denominador comum num “trabalho sem pausas”. Segundo o Comandante da Companhia do GIPS, Capitão Lima, “o que se está a fazer agora é consciencializar as pessoas porque a prevenção cabe a todos. Antes de um combate eficaz, é preciso fazer uma prevenção eficaz, só assim se diminui a área ardida e o número de incêndios”, realçou o responsável. A partir do dia 15 de Maio, a actividade do GIPS passa a direccionarse para a vigilância e dissuasão e para a 1ª intervenção com transporte aéreo. “A partir do momento em que há detecção dos fogos, fazemos a 1ª intervenção até à extinção ou até à chegada dos meios pesados de combate a incêndios dos corpos de bombeiros”. O SEPNA está a fazer um trabalho semelhante, que passa por informar as pessoas que estão em situação de infracção ao Decreto- Lei nº 124/06 de 28 de Junho, como explicou o Chefe do Órgão Coordenador Distrital, Sargento- Chefe Baldaia. “A partir do dia 15 de Maio, as situações já vão estar devidamente identificadas e aí vamos verificar se os trabalhos de limpeza foram feitos”, disse.
Autarcas não podem ficar alheios
“É preciso sensibilizar os autarcas para que se empenhem nesta área”, defendeu o Tenente-Coronel Fernandes, “porque não adianta trabalharmos se cada um não fizer a sua parte”. A GNR tem-se mostrado disponível para efectuar acções de sensibilização, nomeadamente nas autarquias e em escolas, mas “isso até agora não tem sido muito solicitado”. “As pessoas, muitas vezes, cometem pequenos descuidos por desconhecimento, porque não houve este tipo de sensibilização”, frisou o responsável. O Comandante do Destacamento de Vila Real, Capitão Fernandes, afirmou que algumas autarquias estão a trabalhar na prevenção até porque “há verbas avultadas para a limpeza da floresta”. Explicou que “caso as pessoas não limpem, esse trabalho cabe à câmara e as pessoas depois terão de pagar essa limpeza, coercivamente ou não”. O Capitão Fernandes referiu que o levantamento dos autos de contra-ordenação compete às autoridades policiais, sendo esses autos remetidos à autoridade competente para a instrução do processo que, em muitos casos, é a câmara municipal. No entanto, “às vezes ficamos sem saber o que acontece aos autos”, referiu o Capitão Fernandes. “As câmaras têm de fazer a sua parte e envolver-se cada vez mais, porque são parte integrante do processo”, frisou. Outro aspecto tem a ver, segundo a GNR, com uma “regra” que tende a verificar-se por causa da falta de informação e de comportamentos de risco. “Até Agosto, os incêndios verificam-se na parte sul do distrito, mas depois de Agosto, o norte é o mais afectado”, destacaram. O comandante da força policial explicou os motivos. “Na parte norte, os incêndios acontecem porque a partir de Agosto as ceifas já foram feitas, aquilo que arde mais rapidamente já foi cortado, e são feitas queimadas para ter pasto para o gado”, disse. “As pessoas não podem nem devem fazer as queimadas na altura que não é adequada”, defendeu o responsável. O Capitão Lima destacou os concelhos de Valpaços e Montalegre. Neste último, em especial a partir de Setembro, “há muitas ocorrências com a agravante de ser um concelho com uma rede viária que não permite aceder a todos os locais”, sendo necessário o recurso a meios aéreos.
Exercício da cidadania
“Todos devemos exercer os nossos direitos enquanto cidadãos e denunciar publicamente os factos. Se há um indivíduo a deitar lixo para o rio ou a atear fogo, as pessoas devem denunciar estes factos num posto”, afirmou o Comandante da Secção de Investigação Criminal, Major Carlos Falcão. “As pessoas não devem ter receio em dar a cara e o nome”, disse, uma vez que essa atitude pode ser fundamental para a resolução dos casos. “A pessoa, ao exercer o seu direito, está a ser protegida e é para isso que estamos aqui”, garantiu. A denúncia de infracções é uma outra vertente da “protecção da floresta”. “No caso dos crimes do ambiente, é fundamental denunciar porque directa ou indirectamente atinge todos”, defendeu o responsável. Os crimes ambientais, muitas vezes, são pontuais o que dificulta o trabalho do SEPNA que, mesmo sabendo da infracção, só a pode comprovar com um testemunho, o que acaba por não acontecer porque “quem denunciou o crime não quer dar a cara”. “A lei garante a confidencialidade de quem faz a participação e garante a segurança caso seja necessário”, garantiram os militares da GNR. Para que esta mudança de mentalidades aconteça, a GNR tem levado a cabo várias acções de sensibilização não só na área da protecção do ambiente mas também em relação a outras áreas de actuação da GNR. “É importante apostar na consciencialização das crianças para a problemática dos fogos florestais. Se calhar não vai ser imediata mas vai sentir-se daqui a dez ou 15 anos e acabar por ser maior”, frisou o Capitão Lima. “As crianças são mais fáceis de cativar e é também uma forma de atingir os pais”, disse. Esta semana, as valências da GNR, com especial destaque para o SEPNA e o GIPS, vão estar na “Semana da Floresta”, em Ribeira de Pena, com uma exposição estática e demonstrações com cavalos e cães. O GIPS vai também participar num simulacro de incêndio.
Fonte: Jornal Regional

segunda-feira, 19 de março de 2007

GNR alarga intervenção a quatro novos distritos,GIPS com 700 homens e novos meios


GNR alarga intervenção a quatro novos distritos

GIPS com 700 homens e novos meios


A GNR duplica este ano os efectivos do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) para 700, os quais estão preparados para o combate aos fogos florestais e socorro às populações. A aposta deve-se, explicam, ao sucesso da primeira intervenção nas 890 operações a que foram chamados no ano de 2006, conseguindo extinguir 848 fogos.


A área de intervenção do GIPS abrangia em 2006 cinco distritos (Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria e Faro) e com o reforço de meios e homens a intervenção é estendida este ano a Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro. Segundo o major António Paixão, o saldo do primeiro ano “traduz-se em 95% de sucesso nas operações” a que foram chamados. Para 2007 “temos mais experiência, meios e capacidade de intervenção”.O GIPS tem à sua disposição dois helicópteros em permanência (Loulé e Santa Comba Dão, pertença do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil), três semi-rígidos e 70 viaturas todo-o-terreno. Haverá a partir de 15 de Maio 14 meios aéreos disponíveis.A última aquisição foi um air-boat (barco para os pântanos de ventoinha atrás) para socorro às cheias no Ribatejo e combate aos fogos nas escarpas de difícil acesso por terra, ao longo dos rios.


Fonte: Correio da Manhã

sexta-feira, 16 de março de 2007

GNR duplica para 700 os elementos no combate aos fogos florestais

GNR duplica para 700 os elementos no combate aos fogos florestais


A Guarda Nacional Republicana duplica os efectivos do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) para 700, os quais já estão preparados para o combate aos fogos florestais e socorro às populações.
A GNR vai duplicar em Portugal continental o número de efectivos, pertencentes ao GIPS, afectos ao combate de fogos florestais de primeira intervenção e socorro devido ao sucesso de intervenção nas 890 operações a que foram chamados no ano de 2006, conseguindo extinguir 848 fogos.A área de intervenção do GIPS abrangia em 2006 cinco distritos Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria e Faro com o reforço de meios e homens, a intervenção é estendida a Viana do Castelo, Braga, Porto, e Aveiro em 2007.Segundo o Major António Paixão, comandante do grupo, o saldo do primeiro ano de intervenção "traduz-se em 95% de sucesso nas operações a que fomos chamados a intervir", para 2007 "temos mais experiência meios e capacidade de intervenção".Foram enviados para o Norte de Espanha em 2006, representaram Portugal no pedido de ajuda internacional que a Espanha lançou quando a Catalunha esteve em chamas em 2006. Esta força tem à sua disposição dois helicópteros em permanência na base de Loulé e Santa Comba Dão, agora com pilotos da GNR, sendo ampliado para 18 meios aéreos a 15 de Maio, dispõe ainda de três semi-rígidos, 70 viaturas todo-o-terreno para detecção combate e intervenção a incêndios florestais.Air-boat é a última aquisiçãoA última aquisição, um air-boat (barco para os pântanos de ventoinha atrás) para socorro às vítimas de cheias no Ribatejo e combate aos fogos nas escarpas de difícil acesso por terra, ao longo dos rios.O caso das cheias é uma experiência, "o GIPS está atento e quer colmatar com equipamento apropriado, a embarcação não tem braço de motor a entrar na água o que evita choques com objectos submersos e resolve um problema, ele voa sobre a água", graceja o Major.A maioria do equipamento do GIPS, foi desenvolvido em parceria da GNR e com empresas portuguesas com base nas necessidades sentidas, pelos soldados no terreno e a experiência acumulada.Esta força foi criada em 2006, com efectivos provenientes do Batalhão Operacional (BO), através de convite e dada formação específica na Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) no combate a fogos.Na área da formação, aposta no resgate aéreo (salvamento de pessoas por helicóptero), tem uma equipa pronta no salvamento em alta- montanha e está preparada a combater problemas de origem nuclear, radiológica, biológica e química (NRBQ). O equipamento básico do GIPS, um depósito de água às costas as "tradicionais enxada, pá, machado e abafador as ferramentas dos nossos avós", "estamos prontos" gracejou o comandante.


Fonte texto e imagem: Barlavento On-Line

GNR duplica número de elementos no combate aos fogos florestais

GNR duplica número de elementos no combate aos fogos florestais

A Guarda Nacional Republicana vai duplicar o número de efectivos do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) para 700. Esta divisão já está preparada para o combate aos fogos florestais e socorro às populações.
No ano passado, os elementos do GIPS foram chamados para 890 operações, conseguindo extinguir 848 fogos.A área de intervenção do GIPS abrangia em 2006 os distritos de Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria e Faro. Este ano serão abrangidos os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, e Aveiro.Segundo o major António Paixão, comandante do grupo, o saldo do primeiro ano de intervenção "traduz-se em 95 por cento de sucesso nas operações a que fomos chamados a intervir".
Fonte: Publico

Mais GNR no combate aos fogos

Mais GNR no combate aos fogos
Militares do GIPS duplicam para 700, devido ao sucesso do ano passado

A Guarda Nacional Republicana duplica os efectivos do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) para 700, os quais já estão preparados para o combate aos fogos florestais e socorro às populações, noticia a Lusa.
A GNR, vai duplicar em Portugal continental o número de efectivos, pertencentes ao GIPS, afectos ao combate de fogos florestais de primeira intervenção e socorro devido ao sucesso de intervenção nas 890 operações a que foram chamados no ano de 2006, conseguindo extinguir 848 fogos.
A área de intervenção do GIPS, abrangia em 2006 cinco distritos Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria e Faro com o reforço de meios e homens, a intervenção é estendida a Viana do Castelo, Braga, Porto, e Aveiro em 2007.
Segundo o Major António Paixão, comandante do grupo, o saldo do primeiro ano de intervenção «traduz-se em 95% de sucesso nas operações a que fomos chamados a intervir», para 2007 «temos mais experiência meios e capacidade de intervenção».
Foram enviados para o Norte de Espanha em 2006, representaram Portugal no pedido de ajuda internacional que a Espanha lançou quando a Catalunha esteve em chamas em 2006. Esta força tem à sua disposição dois helicópteros em permanência na base de Loulé e Santa Comba Dão, agora com pilotos da GNR, sendo ampliado para 18 meios aéreos a 15 de Maio, dispõe ainda de três semi-rígidos, 70 viaturas todo-o-terreno para detecção combate e intervenção a incêndios florestais.
A última aquisição, um air-boat (barco para os pântanos de ventoinha atrás) para socorro às vítimas de cheias no Ribatejo e combate aos fogos nas escarpas de difícil acesso por terra, ao longo dos rios.
Fonte: Portugal Diario

sábado, 10 de março de 2007

A Floresta Unida lembra o inicio de tudo: GIPS: Nova unidade da Guarda Nacional Republicana


A Floresta Unida lembra o inicio de tudo: GIPS: Nova unidade da Guarda Nacional Republicana


Foi oficialmente criada no passado mês de Fevereiro e já actuou nesta “época de incêndios 2006”, uma nova unidade da GNR, o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS). Destinado a executar acções de prevenção e de intervenção de primeira linha em todo o território nacional, em situações de emergência de protecção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes ou acidentes graves, a grande motivação governamental para o levantamento em tempo muito curto desta força foi na realidade – e como primeira prioridade – o combate aos incêndios florestais.

O GIPS é composto por 315 militares da GNR organizados em comando e 3 companhias, sendo que cada uma destas dispõe de 4 pelotões. Cada pelotão tem duas secções e estas duas equipas cada.

O conceito de utilização destas equipas – composta por 1 cabo e 4 soldados que utilizam um helicóptero ligeiro ou uma viatura – é o da primeira intervenção logo que um incêndio nascente é detectado, com a utilização de ferramentas manuais e apoiados pelo meio aéreo. A equipa actua sobre o fogo nos primeiros 20 a 25 minutos (o que corresponderá ao mesmo tempo a duas descargas de água efectuada pelo helicóptero). Se não tiver sucesso a equipa retira e entram em acção os meios de combate tradicionais dos bombeiros.

O comando do GIPS está instalado num antigo depósito de material do Exército, no Grafanil, e as Companhias dispersas pelo território, com uma na região Sul, outra na região Centro e outra na região Norte.

O GIPS actua em coordenação com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil que fornece os meios de helitransporte das suas secções.

Os militares da GNR que actuam no GIPS receberam, entre Janeiro e Maio de 2006, uma formação muito completa, que incluiu, entre outras matérias, técnicas de montanhismo, técnicas de resgate vertical, topografia e orientação, técnicas de sapador florestal, adaptação a meios aéreos, condução todo o terreno, gestão de situações de crise, legislação, treino de competências psicológicas e emocionais.

A intenção governamental já anunciada é a de duplicar no próximo ano o número de militares da GNR a envolver no GIPS alargando também a sua actuação a mais regiões do país. Os primeiros elementos estatísticos disponíveis permitem já dizer que o GIPS tem taxas de sucesso muito elevadas mas, naturalmente, só no final do tempo quente se fará a avaliação rigorosa do seu contributo, nesta área de actividade que o governo cada vez mais parece querer profissionalizar, abandonando progressivamente o actual sistema que se baseia em grande parte nos bombeiros voluntários.

Os militares da GNR que integram o GIPS, oriundos do Regimento de Infantaria da GNR, além dos equipamentos próprios de combate a incêndios, foram dotados com um novo uniforme de trabalho (castanho claro) e usam dois símbolos exclusivos: No peito a insígnia do “curso GIPS” e no ombro a da unidade GIPS. Ambas têm como elemento principal uma ave, um açor, pelo facto de ter decorrido na serra do mesmo nome (a sul da Serra da Estrela) a parte prática deste primeiro curso. A boina que usam é a do Regimento de Infantaria, azul ferrete com uma lista verde e um fio dourado.


Fonte texto e imagem: Revista Militar

O Projecto Floresta Unida Recorda o trabalho do Amigo e Grande Profissional Sr. Capitão Tavares da GNR / GIPS



O Projecto F.U. Recorda o Magnifico trabalho do Sr. Capitão Albino Tavares em entrevista ao C.M.


O Projecto Floresta Unida Recorda o trabalho do Amigo e optimo Profissional Sr. Capitão Tavares da GNR / GIPS


O Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS) da GNR da Lousã, no terreno há oito meses, apresenta uma eficácia de 98 por cento na luta contra os fogos, o que deixa o capitão Albino Tavares, comandante da unidade, “bastante satisfeito”.
“O balanço é extremamente positivo, com uma eficácia anda a rondar os 98% no combate aos incêndios florestais”, explica Albino Tavares, de 34 anos, que comanda 110 homens, embora destacando também o trabalho dos bombeiros, pois “os incêndios não são extintos só pelos GIPS, mas por uma estrutura”. No entanto, “quando estamos há um grau de eficiência e quando não estamos esse grau diminui, logo somos uma mais-valia para fazer diminuir estas catástrofes”. O comandante do GIPS da Lousã explica que algumas das dificuldades que os seus militares têm de enfrentar estão relacionadas com “a falta de limpeza das matas e a própria configuração do terreno”. Ainda por cima quando o helicóptero, por regra, aterra a quatro ou cinco quilómetros das zonas de intervenção. “Quando chegamos ao local já estamos fisicamente menos capazes – percorrer aquelas distâncias a correr, com 20 quilos de equipamento às costas, não é nada normal”, explica Albino Tavares, na esperança de que este ano existam “alguns locais onde o helicóptero possa aterrar”.Para este ano está prevista a criação de mais três companhias de GIPS, uma medida que merece a concordância de Albino Tavares: “O Verão passado provou a necessidade de mais militares ocuparem mais distritos. Espero que consigamos manter o mesmo nível operacional e a mesma eficácia mostrada durante o ano passado.”Uma das “mais-valias” dos militares no terreno, em relação aos bombeiros, prende-se com o facto de usarem a sua autoridade, podendo, por exemplo, deter suspeitos de qualquer crime.“Durante o Verão passado aconteceu por diversas vezes identificar pessoas que, por vários motivos, se tornaram suspeitas de ignição de incêndios”, contou o comandante do GIPS da Lousã.Os militares deste GIPS estão distribuídos por quatro centros de meios aéreos – Lousã, Pampilhosa da Serra, Figueiró dos Vinhos e Pombal. Em cada um estão em permanência 32 elementos da GNR. Além do comando existem três secções, constituídas por nove elementos, duas delas sempre de prontidão.


PERFIL


Albino Fernando Quaresma Tavares, 34 anos, actual comandante do GIPS da Lousã, já comandou o destacamento territorial da GNR da Lousã e foi bombeiro, sendo natural de Pisão, Coja. Foi para Academia Militar com o 12.º ano e licenciou-se em Ciências Militares. Aos 24 anos, comandou o subdestacamento fiscal de Olhão. Foi instrutor na Escola Prática da GNR, grupo de Aveiro, e comandante do destacamento territorial da Covilhã. Está a fazer o curso de promoção a oficial superior e uma pós-graduação relacionada com Direito e Segurança Interna.


TRABALHO DUROINÍCIO


Os GIPS estão no terreno desde Maio de 2006. A sua principal missão é atacar os incêndios em fase nascente com o uso de ferramentas manuais. Estão também preparados para intervir noutro tipo de catástrofes como sismos ou inundações. VALÊNCIASEstes grupos têm duas valências, uma terrestre e outra helitransportada. Começaram a funcionar com 350 elementos distribuídos pela Lousã, Viseu e Algarve.


DISTRIBUIÇÃO


Das três secções da Lousã, uma está de permanência ao helicóptero, outra encontra-se responsável pelas viaturas, a efectuar patrulhas e preparada para intervir, e a terceira está de folga. ÁREACom um raio de acção de 30 quilómetros, o GIPS da Lousã pode ser chamado a intervir em diversos concelhos como Lousa, Góis, Arganil, Tábua, Miranda do Corvo, Vila Nova de Poiares, Penacova, Castanheira de Pêra, Condeixa a Nova e Coimbra.


EQUIPAMENTO


O equipamento que os elementos dos GIPS têm de transportar pesa mais de 20 quilos। Os militares são largados de helicóptero, por vezes a vários quilómetros do local de acção.


Fonte: Correio da Manhã, Isabel Duarte, Arganil